sábado, 28 de novembro de 2015

O começo... a notícia...

Tudo começou no dia 9 de novembro de 2015 quando fui fazer meu último ultrassom, para saber se estava tudo bem e qual seria o sexo do meu bebê, pois até então ainda não sabia, pois não foi possível ver no outro ultra.  Fui atendida por um médico muito atencioso em uma cidade próxima a minha Capela do Alto. Ao dar início ao meu exame o médico fez algumas observações dizendo que a nenê estava com pouco peso para a idade gestacional, o líquido amniótico parecia não ser o suficiente, que ela não estava conseguindo se  alimentar normalmente pelo cordão umbilical, o fluxo de sangue que ia para a bebê era pequeno e que ela estava entrando em sofrimento como falam os médicos. Então fui orientada a procurar meu médico com urgência e me encaminhar para o hospital onde seria feito o meu parto. Então fui eu e meu marido, ao ser avaliada pela equipe médica de plantão no CHS em Sorocaba fui informada que seria internada e que meu parto seria feito naquele momento. Então nascia Maria Clara as 18 horas do mesmo dia. O médico ao realizar meu parto me mostrou a nenê, que logo foi para os cuidados necessários e em seguida encaminhada para o berçário. Na hora estava sobre o efeito da anestesia e nem me dei conta que minha bebê tinha Down, somente vi se ela tinha todos os membros e se era normal, essa é a preocupação de toda mãe ao dar a luz, me corrijam se eu estiver errada. Ao melhorar da cirurgia que foi cesariana, me dirigi ao berçário no horário de visitas junto com meu marido e a médica me informou sobre o estado da minha bebê, disse estar bem, e informou tudo sobre a bebê, que ela aparentemente tinha um problema no coração pois cansava para mamar, seria feito um ecocardiograma e que tinha suspeita de Síndrome de Down, que ela tinha todas as características físicas mas que para confirmação seria colhido um exame genético denominado cariótipo que constataria a Down ou não, ela já havia sido avaliada pela geneticista. Foi então que meu mundo caiu, foi um misto de questionamento, impotência e desespero, me perguntava porque comigo, comecei a chorar desesperadamente, me perguntava se seria digna e capaz de cuidar de uma criança nessas condições. A gente sempre acha que nunca vai acontecer com a gente, só com o vizinho, não é verdade? Sai do berçário após o término da visita do meu marido, ainda em prantos e ele me abraçou forte e disse que estaríamos juntos pra tudo, que não era para eu me desesperar, acho que a ficha pra ele ainda não tinha caído. Ele foi embora e eu voltei para o meu quarto, onde chorei mais ainda.

Nenhum comentário:

Postar um comentário